Em seguida ela traz dois grandes
grupos de profissionais que não se enquadram no perfil citado no parágrafo
anterior, são os profissionais que possui uma fluência oral e que tem uma
escrita ruim, e o outro grupo dos profissionais formados no curso de Letras que
possui pouca oportunidade de aprender o idioma e precária formação pedagógica.
Esse quadro é traçado pela Vera Paiva no Estado de Minas Gerais. Concordo, pois
se um estudante de língua estrangeira, tiver como fazer um intercâmbio, por
exemplo, terá uma desenvoltura muito melhor na oralidade do que aquele que não
teve essa mesma oportunidade, até porque aqui no Brasil o inglês ensinado nas
escolas públicas é um inglês instrumental.
Em seguida a autora Vera Paiva,
relaciona alguns mitos que são comuns aos professores de inglês, como: A escola secundária, especialmente a
pública, não é competente para ensinar língua estrangeira “não sabem nem português,
para que aprender inglês” isso nada mais é do que um preconceito vigente contra
as classes sociais. O curso livre é o
lugar para se aprender língua estrangeira, outro mito, pois a classe pobre
não tem condições de financiar um curso livre, apenas a leite. Sem equipamento audiovisual é impossível desenvolver
um bom curso, basta usar a criatividade, até porque tiveram pessoas que aprenderam
o inglês antes destes equipamentos. A LE
é importante apenas para os alunos que irão para faculdade o curso secundário
tem o foco do aprendizado para o vestibular, tornando assim o curso de língua inglês
maçante e desestimulante. O material didático
é o grande responsável pelo insucesso das aulas o professor não deve se
ater apenas ao livro didático, ele deve trazer outras fontes para a sala de
aula, transformando as suas aulas mais criativas e dinâmicas.
Mas quais são os conflitos desses
professores de língua inglesa?
O Grande conflito trazido pela
autora Vera Paiva dos professores de inglês é ensinar uma língua que eles não
falam e não tem oportunidade de praticar. O segundo são os desejos dos alunos e
os objetivos do curso que são conflitantes e o terceiro diz respeito da importância
do idioma.
Por fim, Vera Paiva traz uma
proposta de ação para a diminuição dos problemas identificados e descritos no decorrer
desse artigo, como por exemplo, a educação continuada dos professores,
reformulação dos currículos, dentre outros.
Contudo vejo diante da leitura
deste artigo, do resumo aqui transcrito e também com base nas reflexões em sala
de aula, pude observar que o professor de língua inglesa possui um desafio
maior do que, os desafios já conhecidos que é ser um professor no Brasil. É ultrapassar
as barreiras discriminatórias, é ultrapassar a falta de investimentos e ainda o
próprio despreparo principalmente no que se refere a práticas pedagógicas. Investir
no ensino/aprendizado de língua inglesa na escola pública é de suma importância
para o desenvolvimento do país, é investir em futuros profissionais, que serão
bem preparados e competitivos no mercado de trabalho, contribuindo assim, para a
diminuição de uma das maiores manchas que nosso país carrega que é a
desigualdade social, é dar ao estudante da periferia a mesma oportunidade de que
um estudante de classe alta esta tendo. Mas isso não será possível se não houver
um investimento sério nos profissionais de língua estrangeira, uma mudança na
metodologia de ensino e aprendizado, um aumentando a carga horaria, dentre
outras medidas que venham contribuir para a mudança desse quadro que vivemos nos
dias de hoje.
Este post, refere-se ao resumo do artigo A identidade do Professor de Inglês por Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva, juntamente com as minhas reflexões desse profissional de língua inglesa.
ResponderExcluir