Iniciamos as aulas de estágio com
a professora Gina apresentando a disciplina, através do cronograma e da ementa,
explicando como iriamos desenvolver o estágio durante esse primeiro semestre. A
professora também nos aconselhou a ver logo a escola onde iriamos fazer o estágio,
o quanto antes para não termos surpresas em abril.
Logo depois, ela nos apresentou o
novo TCE – Termo de Compromisso do Estágio e pediu para a líder da sala, passar
uma lista para acolher nossas assinaturas para emissão da apólice do seguro.
Após essas explicações, iniciamos
a aula com um vídeo muito interessante do Charlie Brown sobre notas vejamos
abaixo:
É bem assim, a nota é algo que
realmente preocupa nós alunos, porém não deve ser o alvo do estudo.
O que devemos ter em mente é o aprendizado, as notas passam, porém, o
aprendizado não, ele fica e fica para sempre.
É esse tipo de mentalidade que
nós futuros professores temos que passar para nossos alunos, o valor da
aprendizagem.
A professora Gina disse logo a gente que a aula hoje seria
cheia de informações, “Vamos lá a noite é uma criança”!
Neste momento da aula a
professora Gina, levou para nós algumas fabulas de animais para podermos
refletirmos sobre o papel de todos, estudantes, professores, diretores e
comunidade, junto a escola. Os tempos são outros e a escola, que é formada por
pessoas, não pode ser fechada ou trancada em modelos antigos e sem muito
aproveitamento.
Levando para nós professores,
temos que saber que cada aluno possui habilidades, e procurar identifica-las
para podermos utilizar métodos que melhor se enquadre na sala de aula, um
exemplo, seria o trabalho em grupo, pois cada aluno que compõe o grupo vai
participar utilizando suas habilidades transformando o processo de ensino/aprendizagem
bem mais eficaz e harmônico, fazendo com que todos os agentes participantes
saiam ganhando.
Dando continuidade aula a pró Gina nos trouxe um tema muito
importante e creio que muitos terminam não dando uma certa atenção, é sobre a Escola e Currículo Didático.
A humanidade hoje, vive num contraponto
entre duas sociedades: a sociedade
disciplinar, que resume tudo entre certo ou errado, tem que seguir aos
modelos estabelecidos, ou seja, voltada para formação de especialistas. Temos
também a sociedade de desempenho,
que visa a produtividade, é saber falar em público, saber negociar, é dar conta
de várias demandas.
Essa “pressão” por resultados vem
gerando no decorrer dos tempos uma sociedade depressiva, ansiosa, angustiada, e
nossos alunos não estão fora desse contexto, eles estão pressionados a dar
resultados, são as ditas metas. Mas é possível esquecer tudo isso que acabamos
de falar e ser feliz nas escolas?
Vejamos o vídeo Felicidade é aqui
e agora de Clóvis Barros Filho.
Onde há vida, ali está a
felicidade. É através dessa concepção
que nós professores temos que ter para levar para sala de aula. Não existe
escola perfeita, mas podemos mudar esse modelo que a maioria das
escolas/professores adotam, talvez não consigamos mudar toda a escola, mas se
levarmos a sério alguns alunos poderão sim mudar, cabe apenas a nós queremos plantar
essa semente.
A escola hoje transita entre a
sociedade disciplinar e a sociedade de desempenho, então o que pode ser feito
para tornar essa escola possível? Ser positivo, ser um agente de transformação
social, utilizar da estratégia da máquina simbólica (nada mais é do que o
professor, se tornar marcante na vida do aluno, algo como inspiração), ter
afeto. Esta última é de suma importância, pois não basta para nós professores
sermos cheios de títulos, precisamos ser afetivos para nossos alunos.
E quais seriam os novos desafios
da escola? O grande desafio da escola nos dias de hoje, é o desafio da
reinvenção. É está sempre em busca de novos modelos de ensino, nunca fique
repetindo a mesma aula, procure trazer coisas novas, aprender com os erros e
acertos de nossos colegas professores para desenvolver melhor as nossas aulas,
ou seja, participar das redes de cooperação e com isso partilhar novas ideias
de sucesso ou não.
Depois dessas explanações sobre a escola a professora Gina, nos trouxe a metáfora da luz, da luz do conhecimento, da sabedoria, da criatividade, mostrando o quanto é importante o conhecimento e a vontade de fazer, tudo podemos fazer basta querer.
Esse dia de aula foi cheio mesmo de
informações e a professora Gina, também abordou sobre o assunto Currículo
Didático.
O currículo didático, possui vários
sentidos, dependendo muito da concepção de educação da escola. Então o
currículo refere-se não apenas ao conteúdo programático de um assunto, mas sim
do programa total de uma escola. O currículo deve buscar atender ao máximo das
habilidades dos alunos e por esta razão deve ser revisado sempre. Não é fácil
fazer um currículo que atenda a todos, mas temos que chegar o máximo que
pudermos. Um tipo de currículo que é muito importante é o oculto. É tudo aquilo
que os alunos aprendem que não está no planejamento, mas é de suma importância,
exemplos de temáticas é cidadania, solidariedade, violência.
Tem também o currículo real e o
oficial que é aquele que está regulamentado no papel. Já o real é o que se faz
na pratica do dia a dia, em conjunto com o oficial, exemplo, adversidade
religiosa.
Por fim a professora pediu que
lêssemos um material sobre currículo didático e que apresentássemos, dividiu o
material em tópicos, ficando eu e minha equipe com o tema: Conceitos Básicos de
Currículo.
Trabalho sobre currículo:
Conceitos Básicos
Currículo corresponde a um
conjunto de ações a serem desenvolvidas em prol do desenvolvimento do
ensino/aprendizado escolar, mas para se colocar em prática e atingir os
objetivos deve-se levar em consideração as condições reais no qual o projeto
vai ser realizado, exemplo, a estrutura escolar, a realidade da comunidade em
volta da escola, etc.
Neste século há duas vertentes do
campo do currículo a construção de modelos de desenvolvimento curricular, e na
compreensão do currículo escolar como espaço conflitivo de interesses e
culturas diversas.
Modelos de desenvolvimento
curricular
Nesse texto, Ralph Tyler se
propõe a “desenvolver uma base racional para considerar, analisar e interpretar
o currículo e o programa de ensino de uma instituição educacional”. A base
racional proposta pelo autor centra-se em quatro questões fundamentais que, uma
vez respondidas, permitem a elaboração de qualquer currículo ou plano de
ensino:
Que objetivos educacionais deve a
escola procurar atingir?
Que experiências educacionais
podem ser oferecidas que tenham probabilidade de alcançar esses propósitos?
Como organizar eficientemente
essas experiências educacionais?
Como podemos ter certeza de que
esses objetivos estão sendo alcançados?
A primeira pergunta de Tyler
encaminha a resposta aos dois primeiros elementos dessa estrutura: objetivos e
conteúdo; a segunda e a terceira nos permitem definir orientações didáticas e
ordená-las seguindo os princípios de coerência horizontal e vertical; e a
quarta, aponta para os procedimentos de avaliação dos programas implementados.
O modelo curricular sobre o qual se assentam os PCN foi elaborado pelo
psicólogo espanhol Cesar Coll e tem uma lógica muito próxima das preocupações
de Tyler.
Para Coll, a elaboração
curricular deve ter em conta a análise da realidade, operada com referenciais
específicos:
·
sócio-antropológico, que considera os diferentes
aspectos da realidade social em que o currículo será aplicado;
·
psicológica, que se volta para o desenvolvimento
cognitivo do aluno;
·
epistemológica, que se fixa nas características
próprias das diversas áreas do saber tratadas pelo currículo;
·
pedagógica, que se apropria do conhecimento
gerado na sala de aula em experiências prévias.
Observa-se que, para cada área
curricular, Coll propõe que sejam definidos objetivos finais, blocos de
conteúdo e orientações didáticas para as atividades de ensino e avaliação.
Segundo Coll, os níveis de
concretização são níveis decisórios acerca das questões curriculares. Assim:
O 1º nível de
concretização é aquele em que são definidos desde os objetivos gerais do
ciclo até as orientações didáticas para os professores, passando pela definição
de áreas, pela formulação de objetivos para essas áreas e pela seleção dos conteúdos
de cada área por ciclo.
O 2º nível de
concretização diz respeito
à temporalização e sequenciarão dos aprendizados ao longo
do ciclo. Uma vez que os objetivos tenham sido distribuídos no tempo, os
conteúdos selecionados devem ser analisados e sequenciados, de acordo com
os seguintes passos estabelecidos por Coll:
1º - identificação dos principais
componentes dos blocos de conteúdos;
2º - análise das relações entre
os componentes e estabelecimento de estruturas de conteúdos;
3º - estabelecimento da sequenciação
com base nas relações e estruturas estabelecidas.
O 3º nível de
concretização diz respeito aos “diferentes programas de ação didática em
função das características concretas das diversas situações educativas”.
Para
Coll, conteúdos são “o conjunto de formas culturais e de saberes
selecionados para integrar as diferentes áreas curriculares em função dos
objetivos gerais da área”. Para selecionar os conteúdos, deve-se buscar
responder à seguinte questão: Que conteúdos devem ser levados em conta na área curricular
determinada para que o aluno adquira, no final do ciclo, as capacidades
estipuladas pelos objetivos gerais da área?
O conjunto de conteúdos assim
selecionados pode ser subdividido em:
a) fatos discretos, conceitos e
princípios;
b) procedimentos;
c) valores, normas e atitudes.
Acompanhando a listagem de
conteúdos e os objetivos de cada área, o projeto curricular deve apresentar um
resumo das opções didáticas e metodológicas, assim como os procedimentos para a
avaliação da consecução dos objetivos gerais das áreas por ciclo. No caso do
modelo proposto pelo autor, esses procedimentos de avaliação devem seguir os
princípios do construtivismo, opção pedagógica assumida por Coll.
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