sexta-feira, 23 de junho de 2017

Relatório do Estágio Supervisionado II - Regência





CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E SUAS RESPECTIVAS LITERATURAS.


LUIS FRANCISCO REIS AFONSO





RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA








Salvador
2017

LUIS FRANCISCO REIS AFONSO






RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA



Relatório de Estágio de Observação apresentado ao Curso de Licenciatura em Letras Vernáculas com Inglês do Centro Universitário Jorge Amado, como requisito obrigatório para obtenção da nota da disciplina Estágio em Docência: Prática de Ensino em Língua Inglesa II. Orientadora: Prof. Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira. 








Salvador
2017

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças para cumprir mais esta etapa da minha vida acadêmica. Agradeço a minha família por ter me ajudado nesse momento de grande esforço e trabalho. Agradeço a todos os funcionários, diretora, vice-diretora, a professora Sandra, ou seja, a Escola Classe IV por ter me aceitado como estagiário e me dado todo o suporte. Agradeço a UNIJORGE por ter me proporcionado este aprendizado, na figura das professoras Gina Maria Imbroisi Teixeira e Maria Laura Petitinga, obrigado pela dedicação e atenção, por fim, agradeço a turma do 7º semestre, por terem sido amigos e terem compartilhado as suas experiências e que através de seus exemplos, ter me influenciado e ajudado nessa minha jornada de futuro professor.





“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo. ”
Paulo Freire







RESUMO

Este relatório de estagio supervisionado II – Regência em Língua Estrangeira, que neste caso foi a Língua Inglesa, tem como objetivo proporcionar ao aluno estudante de Língua Inglesa oriundo da escola pública estadual uma melhor condição de ensino através da pesquisa de textos, escritas e atividades lúdicas com a utilização da música inglesa, listening, transformando este aluno num conhecedor de outras culturas diferente da sua, abrindo o seu entendimento para novas possibilidades de aprendizagem. Além de fornecer experiências, no que tange ao domínio de uma sala de aula, troca aprendizados com os alunos, diretoria da escola, professores, proporcionando ao estagiário reflexões com base a realidade da escola pública, linkando com os estudos teóricos aprendido na universidade, criando assim, soluções e métodos de ensino que venha garantir ao aluno da escola pública um melhor aprendizado e aproveitamento das aulas e de toda a estrutura que a escola oferece. Este relatório foi construído com base nas orientações dadas em sala de aula pela professora Especialista Gina Maria Imbroisi Teixeira, e é composto pelos relatos das vivencias obtidas pela pratica do ensino nas salas de aula, referencial teórico, planos de aula e os seus anexos, este, possui o projeto didático que foi desenvolvido com os alunos do 6º ano B da Escola Classe IV. 


Palavras Chaves: Teoria, Pratica, Professor, Aluno, Projeto Didático







SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO                                                                                          08
2. PERÍODO DO ESTÁGIO                                                                               09
3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO                                10
3.1 Da Localização, do Funcionamento da Instituição, do Nome da Instituição10
3.2 Infraestrutura, Recursos Humanos e Materiais                                             10
3.3 Clientela                                                                                                        11
3.4 Dados Referente a Sala de Aula                                                                    11
3.5 Caracterização da Turma                                                                               12
4. INTRODUÇÃO                                                                                               13
5. JUSTIFICATIVA                                                                                            14
6. METODOLOGIA                                                                                            16
7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA                                                                   17
8. OBJETIVOS                                                                                                     23
           8.1 Objetivo Geral                                                                                     23
           8.2 Objetivos Específicos                                                                          23
9. RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO II – REGÊNCIA           24
            9.1 Relatório do primeiro encontro                                                          26
9.2 Relatório do segundo encontro                                                           28
9.3 Relatório do terceiro encontro                                                            29
            9.4 Relatório do quarto encontro                                                             30
9.5 Relatório do quinto encontro                                                              31
            9.6 Relatório do sexto encontro                                                               32
9.7 Relatório do sétimo encontro                                                             33
9.8 Relatório do oitavo encontro                                                              34
9.9 Relatório do nono encontro                                                                35
            9.10 Relatório do décimo encontro                                                          36
9.11 Relatório do décimo primeiro encontro                                            37
9.12 Relatório do décimo segundo encontro                                            38
            9.13 Relatório do décimo terceiro encontro                                             39
9.14 Relatório do décimo quarto encontro                                               40
9.15 Relatório do décimo quinto encontro                                               41
9.16 Relatório do décimo sexto encontro                                                 42
9.17 Relatório do décimo sétimo encontro                                               43
9.18 Relatório do décimo oitavo encontro                                               45
9.19 Relatório do décimo nono encontro                                                 46
9.20 Relatório do vigésimo encontro                                                       47
.21 Relatório do vigésimo primeiro encontro                                          50
10. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO/SUGESTÕES                                               51
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS                         53
12. REFERÊNCIAS                                                                                             54
13. ANEXOS                                                                                                                     
14. DOCUMENTOS                                                                                                                    






















1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A)



1.1.   ESTAGIÁRIO/ MATRÍCULA:

Luis Francisco Reis Afonso / 131001517



1.2.    IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA:  

Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Classe IV.



1.3.    PROFESSORA REGENTE:

Sandra Araújo



1.4.   ORIENTADORA DO CURSO:

        Professora Especialista Gina Maria Imbroisi Teixeira



1.5.   COORDENADORA DO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO:

Professora Especialista Gina Maria Imbroisi Teixeira



1.6.   COORDENADORA CURRICULAR DO CURSO:

 Profª. Maria Laura Petitinga.



2. PERÍODO DO ESTÁGIO

De 03 de abril de 2017 à 19 de junho de 2017.

Turno de trabalho na Unidade: Matutino

Horário do 6º - A: Segunda-feira das 11h às 11h50min (5º horário);

                              Terça-feira das 11h às 11h50min (5º horário);



Horário do 6º - B: Segunda-feira das 9h às 9h50min (3º horário);

                              Quinta-feira das 9h às 9h50min (3º horário);








3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO



3.1 DA LOCALIZAÇÃO, DO FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO, DO NOME DA INSTITUIÇÃO.

O Centro Educacional Carneiro Ribeiro Escola, foi idealizado e planejado por Anísio Teixeira, quando Secretário de Educação do Estado da Bahia (1947-1950) e diretor do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – 1951-1964), com a finalidade de proporcionar uma educação em tempo integral às crianças e adolescentes da região do bairro da Liberdade e adjacências. Neste contexto, as Escolas-Classe I, II, III e IV e o Colégio Estadual Álvaro Augusto da Silva, o qual incorporou-se ao programa de educação integral do Centro a partir do ano de 2002. (site: http://cecrclasse2.blogspot.com.br/).

A Classe IV, na qual fiz meu estágio, localiza-se à Rua Saldanha Marinho, no bairro da Caixa D’água, em Salvador – Ba, telefone (71) 3388-6215. A escola tem como valores, o compromisso de cumprir a sua proposta pedagógica, a transparência de estabelecer uma comunicação honesta e sincera, a participação de integrar família e comunidade, a criatividade de melhorar o nível de auto estima dos alunos, excelência em oferecer um ensino de qualidade. Sua visão consiste em ser uma escola de referência pela qualidade dos serviços que presta, mantendo um excelente nível de desempenho dos nossos alunos através de uma ação participativa, comprometida e transparente. E sua missão é oferecer uma educação de excelência aos alunos, assegurando um ambiente criativo e inovador, contribuindo assim para melhoria das condições educacionais. Possui os três turnos em funcionamento sendo o noturno corresponde a educação de jovens e adultos – EJA, oriundo do colégio estadual Luiz Cabral, que veio a fechar neste corrente ano.



3.2 INFRAESTRUTURA, RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS  



Em relação a infraestrutura, a Classe IV possui um amplo terreno que consta em média de 20 salas de aula, composta com 2 ventiladores de parede, quadro branco, cesto de lixo e lâmpadas, porém as salas que ficam no andar superior são bem iluminada, já as salas do antar inferior não tanto. Possui dois banheiros por andar com água encanada e esgoto, a área da cozinha e a parte do refeitório onde são distribuídas diariamente a merenda escolar ficam na parte de baixo do prédio. A escola possui também uma área pequena de lazer, possui estacionamento e portões e janelas gradeadas, porém não tem quadra poliesportiva, as atividades físicas são realizadas na Escola Parque.

As salas da diretoria, vice, coordenação e sala dos professores, ficam logo na entrada da escola, a escola também possui câmeras de monitoramento que fica na sala da diretoria.

Já os recursos humanos, possui um corpo de professores, diretora e vice, coordenadores e assistentes administrativos e os funcionários terceirizados como: fiscais de corredores, limpeza e vigilância.

Segundo site da Secretaria da Educação do Estado da Bahia a escola possui um investimento para este exercício de R$ 4.312.420,00 (quatro milhões trezentos e doze mil quatrocentos e vinte reais) para investimento e despesas diversas.



3.3   CLIENTELA



Alunos de origem diversificada, em sua grande maioria pertencentes a classe média baixa, em sua maioria moradores do bairro da Caixa D’água, bem como seu entorno. Segundo o site da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, a escola possui 236 alunos matriculados no ensino médio e 407 alunos matriculados no ensino fundamental e series finais.



3.4 DADOS REFERENTE A SALA DE AULA



A sala de aula onde eu fiz meu estágio supervisionado II – Regência, não apresenta um estado de conservação bom. A sala é ampla, porém bate muito sol no período da manhã, deixando alguns alunos incomodados e inquietos por causa do calor. Não possui laje de concreto no teto e sim telhas de “Eternit”, contribuindo ainda mais com o calor, causando um desconforto não apenas nos alunos, mas também ao professor.

A ventilação natural não é suficiente pois não ventila devido as construções na área externa a escola, existem dois ventiladores de parede porem não consegue esfriar a sala, as paredes são sujas e a sala não possui porta, isso me incomoda muito pois a zuada e as pessoas passando pelos corredores dispersam os alunos, a iluminação é boa, os mobiliários estão em péssimas condições, o quadro está bom para uso.







3.5 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA



A turma que observei foi o 6º Ano – A e B, composta de 35 alunos matriculados, numa faixa etária de 09 a 12 anos, turno matutino. No que se refere ao interesse dos alunos, percebi que são muitos desinteressados. Tanto a turma A quanto a B, possui um público mesclado, sendo que a grande maioria presta atenção as aulas e fazem as atividades proposta, mas tenho muito trabalho para mantê-los assim. Os demais, alunos ficam usando o celular, jogando ioiô, jogando bolas de papel, conversando e se “agarrando” durante a ministração das aulas, isso me entristece muito, tento traze-los para “mim”, mas são muitos resistentes.




INTRODUÇÃO



Este relatório, refere-se as atividades que foram realizadas para conclusão do estágio supervisionado II (regência) de língua inglesa (LI), sendo realizado no Centro Educacional Carneiro Ribeiro - Escola Classe IV, em cumprimento as exigências das atividades curriculares obrigatórias. O estágio compreendeu o período de 03/04/2017 a 19/06/2017, totalizando 22 aulas dadas/regência, sendo que em dois dias o período de permanência na sala de aula ultrapassou os 50 minutos aula, entre o 6º ano, turma A e B, no turno matutino.

Neste relatório também consta o projeto didático* que este ano tivemos que desenvolver para aplicar na escola. O meu projeto foi através do uso da música como ferramenta lúdica e instrumento facilitador no aprendizado da Língua Inglesa, além de treinar o listening, uma vez que as salas de aula da referida unidade escolar, não é equipada com equipamento de áudio e vídeo, visando combater a proliferação de uma prática tão recorrente nas escolas, o Bullying.

O estágio tem como objetivos, proporcionar para o professor em formação uma experiência no comando de uma sala de aula no ensino de língua inglesa, levando-o para uma reflexão do que foi abordado até o momento na academia, ou seja, as teorias estudas na academia com a vivencia da pratica. Além de proporcionar ao estagiário uma relação com outros futuros colegas de profissão, coordenadores, diretores, gerando com isso aprendizados baseados no cotidiano da profissão e do funcionamento de uma escola, gerando experiências que irão acrescentar ao processo de formação do estagiário.

Aprendi também um pouco da rotina escolar e pude presenciar os diversos problemas que ocorrem numa escola, como paralisação dos professores, greve dos funcionários, à um pai que comparece a escola para saber o que aconteceu com o seu filho, e como essas questões foram resolvidas pela diretoria e pelos professores, isso tudo contribui para que o futuro professor adquira experiências, para lidar com o dia a dia de uma escola.

A escolha do Centro Educacional Carneiro Ribeiro - Escola Classe IV, foi devido à localização, pois fica próximo de minha residência, facilitando o meu deslocamento, evitando assim atrasos e também pelas informações coletadas de amigos que já tinham estudado lá. A minha professora orientadora da escola Classe IV, foi a Sr.ª Sandra Araújo, a mesma que eu fiz o estágio I – observação, uma excelente profissional, muito boa no que faz, assídua e com uma vasta experiência profissional, mais de 17 anos de sala de aula, aprendi muito com ela.



5.  JUSTIFICATIVA


        O Estágio Curricular Obrigatório, que neste caso corresponde ao de regência, é o momento em que o professor em formação vai pôr em pratica as teorias estudadas na universidade, numa sala de aula, que no meu caso foi na turma A e B do 6º da Escola Classe IV.

Nesta etapa pude experimentar toda problemática que envolve uma sala de aula, pude entender que dar aula não é nada fácil e que eu como professor tenho uma responsabilidade muito grande com as informações que irei passar para meus alunos, pude sentir toda a dinâmica de comandar uma sala de aula e ter que saber lhe dar como todo tipo de aluno: alunos que não querem estudar, alunos indisciplinados, alunos introspectivo, como também pude ter o prazer de trabalhar com alunos que queriam estudar, alunos especiais, ou seja, o oposto.

Saber uma outra língua que não seja a sua língua materna é sem sobra de dúvidas um aprendizado incrível e enriquecedor para qualquer pessoa. Nos leva a conhecer novas culturas, abrindo a janela do conhecimento, além de contribuir para o mercado de trabalho e a sua formação como cidadão. Segundo a Base Nacional Comum Curricular, no que tange a Língua Inglesa, nos deixa claro que:



O estudo da língua inglesa possibilita aos alunos ampliar horizontes de comunicação e de intercâmbio cultural, científico e acadêmico e, nesse sentido, abre novos percursos de acesso, construção de conhecimentos e participação social. É esse caráter formativo que inscreve a aprendizagem de inglês em uma perspectiva de educação linguística, consciente e crítica, na qual as dimensões pedagógicas e políticas são intrinsecamente ligadas. ( http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/pdf/4.1.4_ BNCC-Final_LGG-LI.pdf) acessado em 11/06/2017 às 18h.



 Levar aos alunos (pré-adolescentes) essa consciência não é nada fácil. O professor tem que ter consciência de que precisa de certas habilidades educacionais para não cair na armadilha da mesmice, que terá como resultado, aulas monótonas sem atrativos para essa geração que é tida como Hitec, podendo chegar até a evasão escolar.

Por essa razão, meu projeto didático foi baseado na música, aula lúdica. Os alunos poderão interagir e trabalhar em grupo, fazendo pesquisas de novas palavras, enriquecendo o seu vocabulário e o melhor com prazer, pois, poderão pesquisar músicas dos seus ídolos. Além de abordar um tema que é muito recorrente nas escolas o Bullying. 

É nesse momento do estágio que podemos, através de métodos prazerosos de ensino, levar aos alunos essa consciência da importância do estudo/aprendizado da Língua Inglesa, visando novas oportunidade na sua vida pessoal e profissional, contribuindo assim para a diminuição da desigualdade social que é imensa nesse país.




6. METODOLOGIA


       Para desenvolvimento deste estágio foram necessárias 22 aulas na unidade de ensino – Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Classe IV, possibilitando conhecer na prática como é pertencer a uma sala de aula, não mais como um observador, mas como professor regente.

Inicialmente foi apresentado a professora Sandra Araújo, a proposta do projeto didático, que seria desenvolvido com a turma do 6º ano -B, que após sua leitura, projeto didático, aprovou a sua aplicação, porém deixou claro que poderia ter algumas alterações nos assuntos a serem ministrados.

Procurei desenvolver as atividades pensando no desenvolvimento das quatro habilidades, ouvir, falar, escrever e ler, levando o aluno ao entendimento do que ele estava estudando, não basta apenas ler por ler, tem que entender o que está lendo.

Tivemos várias etapas no decorrer das unidades, tivemos etapa de pesquisa, oralidade, lúdico com a música, seminários, tudo visando o objetivo final o aprendizado de excelência para o aluno. Para subsidiar os alunos foi entregue a cada grupo, um roteiro de como deveria apresentar o projeto didático, tanto a parte oral, quanto a parte escrita e a de exposição*.

Serão utilizados diversos recursos, dentre eles o principal será os textos com temáticas que não estão distantes da realidade do aluno, levando-os a tecer um pensamento crítico. As atividades serão distribuídas no decorrer do estágio no período que vai de abril até o mês de junho/2017.




7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O estágio supervisionado II, conduz o estagiário a ter sua primeira vivencia como professor numa sala de aula de Língua Inglesa não mais como aluno e sim como professor, um pensamento crítico entre as práticas de ensino com as teorias aprendidas na acadêmica.

A linguística Irandé Antunes reconhecida pelas suas pesquisas sobre coesão textual e sobre gêneros textuais, além de ser uma educadora comprometida com as questões da educação nacional, cita que:



“O ensino de língua não vai bem já é, cada vez mais, uma constatação do domínio comum. Embora não se possa generalizá-la, já está na boca de muitos a crítica de que a escola não estimula a formação de leitores, não deixa os alunos capazes de ler e entender manuais, relatórios, códigos, instruções, poemas, crônicas, resumos e muitos outros materiais escritos. Também não deixam os alunos capazes de produzir por escrito esses materiais. Ou seja, tem “uma pedra no meio do caminho” ” (ANTUNES, p.15)



Essa grande educadora, traz essas sabias palavras para o ensino da Língua Portuguesa, mas me ouso a trazê-las também para a realidade da Língua Inglesa, com apenas uma modificação no final, “Ou seja, tem “uma pedreira no meio do caminho” da aula de Língua Inglesa”

Esse desinteresse, essa desmotivação dos alunos pelos estudos e em especial por nossa matéria Inglês, sempre com o mesmo discurso de que é difícil, pode acarretar outros problemas também importantes como, por exemplo, a evasão escolar. Não falo só da evasão escolar no sentido de não ir para a instituição de ensino, mas de ir e ficar fora da sala de aula, simplesmente nos corredores, nas escadas, e como professor em formação, pude constatar isso e tentando criar estratégias de ensino para cativa-los, não é fácil, é um processo continuo de construção.

Nós como professores temos que criar estratégias que venham despertar nestes alunos o interesse pela leitura, pela escrita, pelo estudo em geral. Levando para sala de aula, ou até mesmo fora da sala de aula, vários métodos pedagógicos que venham despertar prazer e o interesse do aluno, ao invés de trazer para o aluno assuntos que não tem nada a ver com sua realidade, contribuindo para o desinteresse pelo aprendizado. Segundo Marisa Lajolo é nossa responsabilidade como professores tornar a leitura, ou melhor, o ensino/aprendizagem prazerosa para o aluno, despertando assim o seu interesse pela leitura.



Qualquer que tenha sido a sua história de leitura, ela pode ser transformada. Aqui e agora. Por você, para você e para seus alunos. A escola é fundamental para aproximar dos livros a criança e o jovem. É na escola que os alunos precisam viver as experiências necessárias para, ao longo da vida, poderem recorrer aos livros e à leitura como fonte de informações, como instrumento de aprendizagem e como forma de lazer. E você é a figura-chave para que a leitura chegue às mãos, aos olhos e ao coração dos alunos. Dos seus alunos. (LAJOLO, p. 12).



Segundo Irandé Antunes, existe um esforço dos órgãos governamentais, no intuito de melhorar o método de ensino, tais como a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e pelo Sistema Nacional de Avaliação Básica (SAEB) “que objetiva avaliar o desempenho escolar de alunos de todas regiões do país, e a partir daí, oferecer, ao próprio Governo Federal e aos Estados, subsídios para a redefinição de políticas educacionais mais consistentes e relevantes” (ANTUNES, p.21).

Os PCN’s discutem aspectos relevantes para o ensino da Língua Estrangeira (LE). Neles são trazidas contribuições para uma educação que visa o aprendizado do alunado, como podemos verificar: aumento da comunicação e conhecimento cultural, compreensão das diferentes formas de comunicação, conhecimento de como deve utilizar das linguagens (formal e informal) dependendo do meio em que está inserido. 

 Sendo assim, as aulas de Língua Estrangeira correspondem a muito mais do que uma simples aula de regras gramaticais. Os PCNs (BRASIL, 2006, p. 91) ressaltam que:



[...] a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações educacionais. 



Outra questão abordada é o fato da LE servir como colaboradora na função inclusiva e de desenvolvimento da cidadania na escola. A compreensão do que é ser cidadão envolve outros aspectos, entre eles a posição que o aluno ocupa dentro da sociedade em que vive, o que os levou a esta ali na escola, como ele se sente diante desta situação, etc. A LE, portanto, segundo os PCNs (BRASIL, 1998, p 41):



Integrante da educação formal. Envolve um complexo processo de reflexão sobre a realidade social, política e econômica, com valor intrínseco importante no processo de capacitação que leva à libertação. Em outras palavras, Língua Estrangeira no ensino fundamental é parte da construção da cidadania 



Os alunos, a partir disso, passam a sentir-se sujeitos sociais, incluídos em uma sociedade que muitas vezes se presta a excluir, porque sabem como expressar-se, como compreender o que vivenciam e sabem da sua importância enquanto cidadãos, e o professor é uma peça chave nesse processo, mas precisa estar sempre “antenado” nas mudanças que ocorre na educação.

Segundo Mario Cortella, o professor nunca deve achar que já sabe de tudo, ele deve estar sempre num processo de aprendizado constante, renovando assim seus conhecimentos e melhorando cada vez mais seus métodos de ensino e aprendizagem, assim todos saem ganhando, escola, alunos, comunidade e os próprios professores.

Nesse processo continuo de aprendizado, o professor sai da “zona de conforto” e procura assim desenvolver atividades que venham fazer com que o aluno tenha um maior interesse pela Língua Estrangeira, Inglês, e com isso as aulas possam avançar utilizando novas ferramentas e não apenas o uso da gramática, como: as músicas, os textos, as revistas, os jornais, trabalhando assim, a oralidade, leitura, escrita e audição. A gramática é importante, saber o verbo to be é importante, mas a Língua Inglesa não é só isso. Vejamos o que diz os PCN’s, sobre o aprendizado da Língua Inglesa,



A aprendizagem de Língua Estrangeira no ensino fundamental não é só um exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de se agir discursivamente no mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é importante, desse modo, para o desenvolvimento integral do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida. Experiência que deveria significar uma abertura para o mundo, tanto o mundo próximo, fora de si mesmo, quanto o mundo distante, em outras culturas. Assim, contribui-se para a construção, e para o cultivo pelo aluno, de uma competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas. (BRASIL, 1998, p.38).



Torno a dizer que o ensino da gramática é importante, mas uma língua é bem mais do que isso, é a marca de um povo. Ela traz consigo os saberes, a vivencia, a história, ou seja, a cultura de uma nação. É “abrir” a mente do aluno para novos horizontes tornando o ensino mais prazeroso.

De acordo com os PCN’s (1998, p. 65 – 66), ao longo dos quatro anos do ensino fundamental, espera-se com o ensino de Língua Estrangeira que o aluno seja capaz de:



Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em determinado momento histórico;

Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e do mundo;  reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;

Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os conhecimentos da língua materna;

Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da língua estrangeira que está aprendendo;

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.



Além disso, temos em fase final em nosso país a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, que vem com a proposta de melhorar o ensino nas escolas públicas de todo Brasil. Porem para outros educadores, o BNCC precisa de ajustes, a exemplo, da criação de uma uniformização do ensino num país que se caracteriza por sua diversidade (linguística, cultural, econômica e social). Essa uniformização do ensino, ainda que ideologicamente justificada, para parecer que vivemos numa sociedade sem desigualdade social e regional, de fato atende a necessidades do projeto neoliberal de educação que orienta todos os seus horizontes pelas avaliações de larga escala.

Vejamos abaixo as principais competências especificas de Língua Inglesa para o ensino fundamental, numerados pelo BNCC:



1. Identificar o lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural, refletindo, criticamente, sobre como a aprendizagem da língua inglesa contribui para a inserção dos sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne ao mundo do trabalho.

2. Comunicar-se na língua inglesa, por meio do uso variado de linguagens em mídias impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e interesses de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.

3. Identificar similaridades e diferenças entre a língua inglesa e a língua materna/outras línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma relação intrínseca entre língua, cultura e identidade.

4. Elaborar repertórios linguístico-discursivos da língua inglesa, usados em diferentes países e por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a reconhecer a diversidade linguística como direito e valorizar os usos heterogêneos, híbridos e multimodais emergentes nas sociedades contemporâneas.

5. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de letramento na língua inglesa, de forma ética, crítica e responsável.

6. Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos na língua inglesa, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas no contato com diferentes manifestações artístico-culturais.



Com isso podemos ver que o BNCC, é um aprimoramento do PCN, valorizando o aprendizado dos estudantes de forma ampla, sem barreiras culturais, étnicas e sociais, porém num pais, como o Brasil, que não foi constituído e nem age dessa forma.

Dessa forma, buscando aprimorar e diversificar o ensino no intuito de facilitar ao máximo o aprendizado em Língua Inglesa pelos alunos, foi que elaboramos o Projeto Didático* cujo tema consistiu na utilização da música inglesa como instrumento lúdico, facilitador, motivador e eficaz no entendimento dos alunos em relação aos temas como o Bullying.

Segundo Jolibert (1994), “um projeto se constitui em um trabalho no sentido de resolver um problema, explorar uma ideia ou construir um produto que se tenha planejado ou imaginado. O produto de um projeto deverá ter necessariamente significado para quem o executa. ”

 Ou seja, o Projeto Didático é a organização e planejamentos de conteúdo, que venham achar soluções para situações problemas, fazendo com que os alunos sejam mais participativos no processo de construção do aprendizado, alunos atuantes/pesquisadores e não alunos passivos, o professor passa a atuar como um mediador no processo de aprendizagem do aluno. O produto final do trabalho deve ser exposto para que seja apreciado pela escola, dando mais sentido as práticas escolares.

Segundo Paulo Freire a verdadeira aprendizagem é aquela que transforma o sujeito, ou seja, os conhecimentos e saberes que são ensinados são entendidos pelos alunos e pelos professores e são montados com base no seu entendimento, tornando-se independente, questionadores, críticos, não mais passivo só sentado colhendo as informações, mas adotando uma nova postura como agente construtor ou como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. “Nas condições de verdadeira aprendizagem, os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do processo”. (FREIRE, 1996, p. 26). 

É no estágio supervisionado II - Regência, que nos proporciona de enxergar na pratica, de como está sendo proposto o ensino da Língua Inglesa, no que tange ao exercício da oralidade, do ouvir, da leitura e do escrever texto coesos, ficando claro que nós professores se queremos um ensino de excelência, temos que estar na sintonia, por exemplo, os PCN’s, BNCC e não insistindo em um modelo de aula fracassado, tornando suas aulas monótonas e maçantes para os alunos, mas criando estratégias, que venham cada vez mais, motivar os alunos para  os estudos, a leitura e a escrita, na Língua Inglesa.

Uma forma bem interessante que o professor pode adotar numa sala de aula são os estilos de aprendizagem, isso vai contribuir bastante para o desenvolvimento do aluno no idioma, porque o aluno vai descobrir através de um questionário a forma pelo qual ele consegue absorver os assuntos de forma mais eficaz e eficiente. O aluno vai descobrir se ele é Visual (visual learners), Auditivo (auditory learners) ou Cenestésico (kinesthetic learners). Abaixo uma breve descrição dos estilos de aprendizagem.* 



Aprendedores visuais - você aprende melhor por meios visuais, por exemplo, lendo, olhando imagens ou filmes. Você lembra melhor as instruções se as vê, por exemplo no quadro.

Aprendentes auditivos - você aprende melhor ouvindo coisas, por exemplo palestras ou fitas. Você gosta de professor para dar instruções orais e você gosta de fazer gravações de fita do que está aprendendo e ter discussões.

Aprendentes kinestésicos - você aprende melhor quando tem experiência prática, quando está envolvido fisicamente ou pode participar ativamente. Você gosta de se mudar quando você aprende e diversifica as atividades da sala de aula.



Essa descoberta é fascinante, pois, através dela, o aluno, irá priorizar o estilo de aprendizagem que lhe melhor favorece, contribuindo para diminuição da falta de interesse dos alunos quanto ao estudo da Língua Inglesa e também de outras matérias.




8. OBJETIVOS



8.1 OBJETIVO GERAL



Proporcionar ao aluno estudante de Língua Inglesa oriundo da escola pública estadual uma melhor condição de ensino através da pesquisa de textos, práticas de escritas e através de desenvolvimento de atividades lúdicas com a utilização da música inglesa, listening, transformando este aluno num conhecedor de outras culturas diferente da sua, abrindo o seu entendimento para novas possibilidades de aprendizagem. 



8.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS



·         Conscientizar os alunos da importância do aprendizado da Língua Inglesa;

·         Promover atividades e práticas de leitura e pesquisa;

·         Identificar a abordagem nas músicas trabalhadas no projeto didático, no combate ao Bullying;

·         Trabalhar as quatro habilidades como a leitura, audição, escrita e fala, através de textos e a música escolhida para trabalhar na aula.





9. RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO II - REGÊNCIA



Ao terceiro dia do mês de abril de dois mil e dezessete, cheguei a escola as 8h para iniciar o meu primeiro dia de Estágio II -  Regência no Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Classe IV. Neste dia conforme cronograma do estágio, disponibilizado pela professora Gina Maria Imbroisi Teixeira, estava previsto para conhecimento da realidade escolar.

De início, me dirigir a vice direção para falar com a vice-diretora Marilha Santos, pedindo autorização para conhecimento da escola. Como eu já tinha feito meu estágio de observação nesta mesma escola, já conhecia alguns departamentos, mas mesmo assim, fui dar uma olhada nas dependências da escola e tive a triste constatação de que nada mudou do período entre a realização do estágio I e este estágio II que se inicia.

Após, fui até a sala dos professores para poder conversar com a professora Sandra Araújo, a minha professora regente, sobre a turma que eu iria assumir, e de cara ela me informou que eu ficaria com o 6º ano - Turma B, dia de segunda e quinta-feira sempre no 3º horário. Informando-me que é uma turma boa, mas que eu teria que ter pulso firme, pois, eles não gostavam de fazer as atividades e brincavam muito nas aulas.

Aproveitei e entreguei os documentos do estágio para ela, como TCE (Termo de Compromisso de Estágio Obrigatório) devidamente assinado e carimbado pela Classe IV e a UNIJORGE, bem como a milha ficha de frequência, que deveria ser assinada por ela em cada dia de aula ministrada.*

A professora Sandra Araújo, me mostrou os assuntos que ela já tinha dado na turma e o Plano de Curso que ela vem trabalhando, já alguns anos, ficamos conversando a respeito disso, quando o sinal tocou para o terceiro horário, e a professora me perguntou se eu gostaria de conhecê-los, eu prontamente disse que sim.

Fomos até a sala do 6º ano B, era aula dela, a professora Sandra pediu para eu sentar no lado dela e começou a me apresentar e falar a respeito do trabalho que eu iria desenvolver com eles, os alunos, logo as perguntas e os olhares curiosos começaram a surgir “A Senhora vai embora pró?”, “ Ele só vai dar aula para nossa turma?”

Depois da sabatina, eu me apresentei e disse que estaria ali para dar o melhor de mim para turma, falei um pouco sobre a minha formação acadêmica a minha caminhada profissional e quanto o estudo de Língua Inglesa me ajudou, aproveitei também, para incentivá-los a tomarem um curso de inglês no turno oposto ao da escola, para poder ajudar no aprendizado do idioma e finalizei tranquilizando-os informando que não precisava temer nada e que as minha intenções era apenas em ajuda-los a aprender um pouquinho de inglês, pois, a vida é um eterno aprendizado, sempre vamos está estudando, mas que esperava que eles retribuíssem, através dos estudos. Em seguida me despedir da turma e a professora Sandra prosseguiu com a sua aula, informando a mim e aos alunos que eu começaria a partir do dia 10/04, pois dia 06/04 era paralisação dos professores.

                                                                                                     



12. AVALIAÇÃO/SUGESTÃO DO ESTÁGIO

Realmente não poderia concluir o curso de Letras, sem ter que passar por essa experiência incrível que foi o Estágio Supervisionado II – Regência em Língua Inglesa (LI), no Centro Educacional Carneiro Riberio – Classe IV.

 Incrível porque ensinar não é nada fácil, ainda mais um idioma que não é o idioma materno/oficial dos meus alunos. Os estudantes criam barreiras no aprendizado da LI, por entenderem que o inglês não vai ter serventia nenhuma para eles, ou que falar inglês é para quem vai viajar e por esta razão, irá precisar se comunicar, ou seja, eles entendem que o inglês está fora da realidade deles.

Sabendo disso, pois, conversei com alguns alunos antes do início desse estágio de regência, elaborei para meu primeiro dia de aula, uma aula que procurasse desmistificar isso. Então pensei em começar a aula de uma forma diferente contando como a Língua Inglesa (L.I) surgiu, os países que tem a L.I como a língua oficial etc, no intuito de despertar neles um interesse pela língua, mostrando a importância de saber o inglês para uma futura seleção no mercado de trabalho, para conversar com pessoas de todo mundo e também pelo enriquecimento cultural.

Com o estágio em andamento, foram feitas observações importantes que me deram subsídios para compor este relatório. Informações essas, que me permitiram fazer reflexões críticas quanto à evolução e desenvolvimento intelectual dos alunos. Pude verificar que à medida que as aulas iam passando, eles iam participando mais, iam fazendo as atividades, ao ponto de apresentarem um mini seminário como parte do projeto didático proposto para turma desde o início em abril deste estágio.

Avalio o projeto didático por mim arquitetado um sucesso, pois, desde a sua construção até a sua finalização houve um entrosamento, pela maioria da turma, muito grande fazendo com que eles conseguissem executar entre eles as tarefas que lhes foram imputadas. Tanto a parte oral, escrita e também o escutar, que foi carinhosamente pensando nesse projeto, devido à falta de estrutura nas salas de aula da escola para se treinar o listening pelo menos uma vez a cada duas aulas, foram trabalhadas.

Isso me deixou extremamente contente, porque foi à quebra de um discurso enraizado pelos professores da Escola Classe IV, de que os alunos não fazem nada, não são capazes de desenvolver um projeto desde seu início com a pesquisa até a conclusão que foi a apresentação. A realização desse projeto foi à prova de que eles, os professores estão enganados.

Mas nem tudo são “flores”, tive alguns casos de alunos indisciplinas, bagunceiros, que não queriam estudar, problemas estruturais da escola, muita zuada nos corredores, falta de ventilação apropriada, enfim, problemas não faltaram, mas os acertos e as partes boas superaram e muito os problemas, só em olhar para o rosto de seu aluno e enxergar que ele entendeu o assunto mediante a sua explicação, que eles conseguiram realizar um desafio, isso não tem preço.

Ratifico que o meu estágio foi um sucesso, valorizando-o como uma ferramenta de aprendizagem muito significativa na vida de um estudante de licenciatura. A minha experiência foi bem enriquecedora e vou leva-la para toda a minha vida acadêmica. Isso só me fez confirmar que estou no caminho certo em relação à minha profissão, procurando ajudar aos alunos pensarem de maneira crítica, como estudantes e cidadãos brasileiros, contribuindo para construção de uma educação melhor.

Por fim, abro um espaço para sugerir primeiramente a UNIJORGE, que crie na grade de LETRAS, matérias mais voltadas para o ensino nas escolas, para preparar mais seus estudantes para o enfrentamento das salas de aula, uma vez, que as matérias que existem hoje, ao meu ver são poucas. E também um projeto tipo residência, ou seja, o aluno da UNIJORGE só poderá ter seu diploma, após passar um ano ensinando na escola, isso seria justo tanto para instituição de ensino que cede seu espaço, quanto para o estudante de LETRAS, que se aperfeiçoa cada vez mais.

Em relação a Classe IV, sei que as questões financeiras pesam muito nas tomadas de decisões, mas sugiro palestras e cursos para seus professores de como realizar aulas motivadas ou como motivar seus alunos para o estudo/aprendizagem, isso é um déficit muito grande que eu identifiquei, eles, os professores, precisam ser motivados a dar aula, bem como motivar seus alunos a aprenderem, no mais como eu falei as questões financeiras pesam muito.



13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

           Vou iniciar essas considerações finais, falando sobre a Escola Classe IV, que situado em um bairro da periferia da cidade do Salvador, procura dentro de suas possibilidades promover uma educação de boa qualidade para seus alunos.

A escola precisa de uma reforma urgente principalmente nas suas salas de aula, pois, as salas não possuem portas, os ventilares estão com defeito e são insuficientes, quadros danificados etc. O corpo de professores é qualificado, mas muitos estão desmotivados pelo sistema de educação em vigor.

Entendo que o papel do professor é estar se reinventando a cada dia, procurar trazer coisas novas para os alunos, é entender que o tipo de aula ministrada de forma tradicional, sendo, nós professores apenas transmissores de informação não é mais aceito pelos alunos. Eu digo isso, por experiência própria neste estágio, os tempos são outros e essa geração é imediatista, ela necessita de estar vivenciando coisas novas, para não cair na mesmice e terminarem desmotivadas para os estudos e isso é crucia no aprendizado das matérias em especial na Língua Inglesa, que mais sofre com isso uma vez que, não corresponde ao idioma oficial do estudante.

Obviamente que não poderemos dar aulas lúdicas diariamente, mas devemos procurar passar o assunto de forma diferenciada, fazendo com que eles entendam e reflitam naquilo que eles estão estudando, tornando-se um aluno pensante, critico proativo e isso, nós professores conseguiremos através de estudos, aprimoramentos, troca de experiências com colegas professores que utilizaram métodos de sucesso ou não e do principal da nossa força de vontade em querer mudar.

Por fim, concluo o estágio com a sensação de dever cumprido, em saber que procurei fazer o meu melhor, aplicando os meus conhecimentos aprendidos na academia através da ministração das aulas da professora Gina Teixeira, bem como as dicas do corpo de professores da Classe IV em especial a professora Sandra Araújo. Concluo com a frase de um grande pensador da educação brasileira Mario Sérgio Cortella:

 


Tem que ter esperança ativa. Aquela que é do verbo esperançar, não do verbo esperar. O verbo esperar é aquele que aguarda enquanto o verbo esperançar é aquele que busca, que procura, que vai atrás.





12. REFERÊNCIAS



12.1 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS



ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.



FRANCO, Claudio de Paiva. Way to English for Brazilian Learners : língua estrangeira moderna : inglês : ensino fundamental II / Claudio de Paiva Franco, Katia Cristina de Amaral Tavares. 1. Ed. – São Paulo . Ática, 2015.



LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário / Delia Lerner; trad. Ernani Rosa. – Porto Alegre: Artmed, 2002



12.2 REFERENCIAS ELETRÔNICAS












ALGUNS ANEXOS


Trabalho sobre Corpo Humano
Trabalho sobre Family Tree

Explicação sobre Verbo To Be


Exercício sobre Saudações em Inglês



 Avaliação de Inglês da I Unidade


   

EXERCÍCIOS





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