CENTRO UNIVERSITÁRIO
JORGE AMADO
CURSO
DE LICENCIATURA EM LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E
SUAS RESPECTIVAS LITERATURAS.
LUIS
FRANCISCO REIS AFONSO
RELATÓRIO
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA
Salvador
2017
LUIS
FRANCISCO REIS AFONSO
RELATÓRIO
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA
Relatório de Estágio de Observação apresentado ao
Curso de Licenciatura em Letras Vernáculas com Inglês do Centro Universitário
Jorge Amado, como requisito obrigatório para obtenção da nota da disciplina
Estágio em Docência: Prática de Ensino em Língua Inglesa II. Orientadora: Prof.
Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira.
Salvador
2017
Agradecimentos
Agradeço
primeiramente a Deus por ter me dado forças para cumprir mais esta etapa da
minha vida acadêmica. Agradeço a minha família por ter me ajudado nesse momento
de grande esforço e trabalho. Agradeço a todos os funcionários, diretora,
vice-diretora, a professora Sandra, ou seja, a Escola Classe IV por ter me
aceitado como estagiário e me dado todo o suporte. Agradeço a UNIJORGE por ter
me proporcionado este aprendizado, na figura das professoras Gina Maria Imbroisi Teixeira e Maria
Laura Petitinga, obrigado pela dedicação e atenção, por fim, agradeço a turma
do 7º semestre, por terem sido amigos e terem compartilhado as suas
experiências e que através de seus exemplos, ter me influenciado e ajudado
nessa minha jornada de futuro professor.
“Educação
não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo. ”
Paulo Freire
RESUMO
Este relatório de
estagio supervisionado II – Regência em Língua Estrangeira, que neste caso foi
a Língua Inglesa, tem como objetivo proporcionar ao aluno estudante de Língua Inglesa oriundo da escola pública
estadual uma melhor condição de ensino através da pesquisa de textos, escritas
e atividades lúdicas com a utilização da música inglesa, listening, transformando este aluno num conhecedor de outras
culturas diferente da sua, abrindo o seu entendimento para novas possibilidades
de aprendizagem. Além de fornecer experiências, no que tange ao domínio de uma
sala de aula, troca aprendizados com os alunos, diretoria da escola,
professores, proporcionando ao estagiário reflexões com base a realidade da
escola pública, linkando com os estudos teóricos aprendido na universidade,
criando assim, soluções e métodos de ensino que venha garantir ao aluno da
escola pública um melhor aprendizado e aproveitamento das aulas e de toda a
estrutura que a escola oferece. Este relatório foi construído com base nas
orientações dadas em sala de aula pela professora Especialista Gina Maria Imbroisi Teixeira, e é composto pelos
relatos das vivencias obtidas pela pratica do ensino nas salas de aula,
referencial teórico, planos de aula e os seus anexos, este, possui o projeto
didático que foi desenvolvido com os alunos do 6º ano B da Escola Classe
IV.
Palavras Chaves:
Teoria, Pratica, Professor, Aluno, Projeto Didático
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO 08
2. PERÍODO DO ESTÁGIO 09
3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO 10
3.1 Da Localização, do Funcionamento da Instituição, do Nome da Instituição10
3.2 Infraestrutura, Recursos Humanos e Materiais 10
3.3 Clientela 11
3.4 Dados Referente a Sala de Aula 11
3.5 Caracterização da Turma 12
3.1 Da Localização, do Funcionamento da Instituição, do Nome da Instituição10
3.2 Infraestrutura, Recursos Humanos e Materiais 10
3.3 Clientela 11
3.4 Dados Referente a Sala de Aula 11
3.5 Caracterização da Turma 12
4. INTRODUÇÃO 13
5. JUSTIFICATIVA 14
6. METODOLOGIA 16
7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17
8. OBJETIVOS 23
8.1 Objetivo Geral 23
8.2 Objetivos Específicos 23
9. RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO II –
REGÊNCIA 24
9.1 Relatório do primeiro encontro 26
9.2
Relatório do segundo encontro 28
9.3
Relatório do terceiro encontro 29
9.4 Relatório do quarto encontro 30
9.5
Relatório do quinto encontro 31
9.6 Relatório do sexto encontro 32
9.7
Relatório do sétimo encontro 33
9.8
Relatório do oitavo encontro 34
9.9
Relatório do nono encontro 35
9.10 Relatório do décimo encontro 36
9.11
Relatório do décimo primeiro encontro 37
9.12
Relatório do décimo segundo encontro 38
9.13 Relatório do décimo terceiro encontro 39
9.14
Relatório do décimo quarto encontro 40
9.15
Relatório do décimo quinto encontro 41
9.16
Relatório do décimo sexto encontro 42
9.17
Relatório do décimo sétimo encontro 43
9.18
Relatório do décimo oitavo encontro 45
9.19
Relatório do décimo nono encontro 46
9.20
Relatório do vigésimo encontro 47
.21
Relatório do vigésimo primeiro encontro 50
10. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO/SUGESTÕES 51
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS CONSIDERAÇÕES
FINAIS 53
12. REFERÊNCIAS 54
13. ANEXOS
14. DOCUMENTOS
1.
IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A)
1.1. ESTAGIÁRIO/
MATRÍCULA:
Luis Francisco Reis Afonso / 131001517
1.2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA:
Centro
Educacional Carneiro Ribeiro – Classe IV.
1.3. PROFESSORA REGENTE:
Sandra
Araújo
1.4. ORIENTADORA
DO CURSO:
Professora Especialista Gina Maria
Imbroisi Teixeira
1.5. COORDENADORA
DO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO:
Professora Especialista Gina Maria Imbroisi Teixeira
1.6. COORDENADORA CURRICULAR DO CURSO:
Profª. Maria Laura Petitinga.
2. PERÍODO DO ESTÁGIO
De
03 de abril de 2017 à 19 de junho de 2017.
Turno
de trabalho na Unidade: Matutino
Horário
do 6º - A: Segunda-feira das 11h às 11h50min (5º horário);
Terça-feira das 11h às 11h50min
(5º horário);
Horário
do 6º - B: Segunda-feira das 9h às 9h50min (3º horário);
Quinta-feira das 9h às 9h50min
(3º horário);
3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO
3.1 DA LOCALIZAÇÃO, DO
FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO, DO NOME DA INSTITUIÇÃO.
O
Centro Educacional Carneiro Ribeiro Escola, foi idealizado e planejado por
Anísio Teixeira, quando Secretário de Educação do Estado da Bahia (1947-1950) e
diretor do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais –
1951-1964), com a finalidade de proporcionar uma educação em tempo integral às
crianças e adolescentes da região do bairro da Liberdade e adjacências. Neste
contexto, as Escolas-Classe I, II, III e IV e o Colégio Estadual Álvaro Augusto
da Silva, o qual incorporou-se ao programa de educação integral do Centro a
partir do ano de 2002. (site: http://cecrclasse2.blogspot.com.br/).
A
Classe IV, na qual fiz meu estágio, localiza-se à Rua Saldanha Marinho, no
bairro da Caixa D’água, em Salvador – Ba, telefone (71) 3388-6215. A escola tem
como valores, o compromisso de cumprir a sua proposta pedagógica, a
transparência de estabelecer uma comunicação honesta e sincera, a participação
de integrar família e comunidade, a criatividade de melhorar o nível de auto
estima dos alunos, excelência em oferecer um ensino de qualidade. Sua visão
consiste em ser uma escola de referência pela qualidade dos serviços que
presta, mantendo um excelente nível de desempenho dos nossos alunos através de
uma ação participativa, comprometida e transparente. E sua missão é oferecer
uma educação de excelência aos alunos, assegurando um ambiente criativo e
inovador, contribuindo assim para melhoria das condições educacionais. Possui
os três turnos em funcionamento sendo o noturno corresponde a educação de
jovens e adultos – EJA, oriundo do colégio estadual Luiz Cabral, que veio a
fechar neste corrente ano.
3.2
INFRAESTRUTURA, RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Em
relação a infraestrutura, a Classe IV possui um amplo terreno que consta em
média de 20 salas de aula, composta com 2 ventiladores de parede, quadro
branco, cesto de lixo e lâmpadas, porém as salas que ficam no andar superior
são bem iluminada, já as salas do antar inferior não tanto. Possui dois
banheiros por andar com água encanada e esgoto, a área da cozinha e a parte do
refeitório onde são distribuídas diariamente a merenda escolar ficam na parte
de baixo do prédio. A escola possui também uma área pequena de lazer, possui
estacionamento e portões e janelas gradeadas, porém não tem quadra poliesportiva,
as atividades físicas são realizadas na Escola Parque.
As
salas da diretoria, vice, coordenação e sala dos professores, ficam logo na
entrada da escola, a escola também possui câmeras de monitoramento que fica na
sala da diretoria.
Já
os recursos humanos, possui um corpo de professores, diretora e vice,
coordenadores e assistentes administrativos e os funcionários terceirizados
como: fiscais de corredores, limpeza e vigilância.
Segundo
site da Secretaria da Educação do Estado da Bahia a escola possui um
investimento para este exercício de R$ 4.312.420,00 (quatro milhões trezentos e
doze mil quatrocentos e vinte reais) para investimento e despesas diversas.
3.3
CLIENTELA
Alunos de
origem diversificada, em sua grande maioria pertencentes a classe média baixa,
em sua maioria moradores do bairro da Caixa D’água, bem como
seu entorno. Segundo o site da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, a
escola possui 236 alunos matriculados no ensino médio e 407 alunos matriculados
no ensino fundamental e series finais.
3.4 DADOS REFERENTE A SALA DE AULA
A sala de
aula onde eu fiz meu estágio supervisionado II – Regência, não apresenta um
estado de conservação bom. A sala é ampla, porém bate muito sol no período da
manhã, deixando alguns alunos incomodados e inquietos por causa do calor. Não
possui laje de concreto no teto e sim telhas de “Eternit”, contribuindo ainda mais
com o calor, causando um desconforto não apenas nos alunos, mas também ao
professor.
A
ventilação natural não é suficiente pois não ventila devido as construções na
área externa a escola, existem dois ventiladores de parede porem não consegue
esfriar a sala, as paredes são sujas e a sala não possui porta, isso me
incomoda muito pois a zuada e as pessoas passando pelos corredores dispersam os
alunos, a iluminação é boa, os mobiliários estão em péssimas condições, o quadro
está bom para uso.
3.5 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA
A turma que observei foi o 6º Ano
– A e B, composta de 35 alunos matriculados, numa faixa etária de 09 a 12 anos,
turno matutino. No que se refere ao interesse dos alunos, percebi que são
muitos desinteressados. Tanto a turma A quanto a B, possui um público mesclado,
sendo que a grande maioria presta atenção as aulas e fazem as atividades
proposta, mas tenho muito trabalho para mantê-los assim. Os demais, alunos ficam
usando o celular, jogando ioiô, jogando bolas de papel, conversando e se
“agarrando” durante a ministração das aulas, isso me entristece muito, tento
traze-los para “mim”, mas são muitos resistentes.
INTRODUÇÃO
Este relatório, refere-se
as atividades que foram realizadas para conclusão do estágio supervisionado II
(regência) de língua inglesa (LI), sendo realizado no Centro Educacional
Carneiro Ribeiro - Escola Classe IV, em cumprimento as exigências das atividades
curriculares obrigatórias. O estágio compreendeu o período de 03/04/2017 a 19/06/2017,
totalizando 22 aulas dadas/regência, sendo que em dois dias o período de
permanência na sala de aula ultrapassou os 50 minutos aula, entre o 6º ano,
turma A e B, no turno matutino.
Neste relatório também
consta o projeto didático* que este ano tivemos que desenvolver
para aplicar na escola. O meu projeto foi através do uso da música como
ferramenta lúdica e instrumento facilitador no aprendizado da Língua Inglesa,
além de treinar o listening, uma vez
que as salas de aula da referida unidade escolar, não é equipada com
equipamento de áudio e vídeo, visando combater a proliferação de uma prática tão
recorrente nas escolas, o Bullying.
O estágio tem como objetivos, proporcionar para o
professor em formação uma experiência no comando de uma sala de aula no ensino
de língua inglesa, levando-o para uma reflexão do que foi abordado até o
momento na academia, ou seja, as teorias estudas na academia com a vivencia da
pratica. Além de proporcionar ao estagiário uma relação com outros futuros
colegas de profissão, coordenadores, diretores, gerando com isso aprendizados
baseados no cotidiano da profissão e do funcionamento de uma escola, gerando
experiências que irão acrescentar ao processo de formação do estagiário.
Aprendi
também um pouco da rotina escolar e pude presenciar os diversos problemas que
ocorrem numa escola, como paralisação dos professores, greve dos funcionários,
à um pai que comparece a escola para saber o que aconteceu com o seu filho, e
como essas questões foram resolvidas pela diretoria e pelos professores, isso
tudo contribui para que o futuro professor adquira experiências, para lidar com
o dia a dia de uma escola.
A escolha do Centro
Educacional Carneiro Ribeiro - Escola Classe IV, foi devido à localização, pois
fica próximo de minha residência, facilitando o meu deslocamento, evitando
assim atrasos e também pelas informações coletadas de amigos que já tinham
estudado lá. A minha professora orientadora da escola Classe IV, foi a Sr.ª Sandra
Araújo, a mesma que eu fiz o estágio I – observação, uma excelente
profissional, muito boa no que faz, assídua e com uma vasta experiência
profissional, mais de 17 anos de sala de aula, aprendi muito com ela.
5. JUSTIFICATIVA
Nesta
etapa pude experimentar toda problemática que envolve uma sala de aula, pude
entender que dar aula não é nada fácil e que eu como professor tenho uma
responsabilidade muito grande com as informações que irei passar para meus
alunos, pude sentir toda a dinâmica de comandar uma sala de aula e ter que
saber lhe dar como todo tipo de aluno: alunos que não querem estudar, alunos
indisciplinados, alunos introspectivo, como também pude ter o prazer de
trabalhar com alunos que queriam estudar, alunos especiais, ou seja, o oposto.
Saber uma outra língua
que não seja a sua língua materna é sem sobra de dúvidas um aprendizado
incrível e enriquecedor para qualquer pessoa. Nos leva a conhecer novas
culturas, abrindo a janela do conhecimento, além de contribuir para o mercado
de trabalho e a sua formação como cidadão. Segundo a Base Nacional Comum
Curricular, no que tange a Língua Inglesa, nos deixa claro que:
O estudo da língua
inglesa possibilita aos alunos ampliar horizontes de comunicação e de
intercâmbio cultural, científico e acadêmico e, nesse sentido, abre novos
percursos de acesso, construção de conhecimentos e participação social. É esse
caráter formativo que inscreve a aprendizagem de inglês em uma perspectiva de
educação linguística, consciente e crítica, na qual as dimensões pedagógicas e
políticas são intrinsecamente ligadas. ( http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/pdf/4.1.4_
BNCC-Final_LGG-LI.pdf)
acessado em 11/06/2017 às 18h.
Levar aos alunos (pré-adolescentes) essa
consciência não é nada fácil. O professor tem que ter consciência de que
precisa de certas habilidades educacionais para não cair na armadilha da
mesmice, que terá como resultado, aulas monótonas sem atrativos para essa
geração que é tida como Hitec,
podendo chegar até a evasão escolar.
Por essa razão, meu
projeto didático foi baseado na música, aula lúdica. Os alunos poderão
interagir e trabalhar em grupo, fazendo pesquisas de novas palavras, enriquecendo
o seu vocabulário e o melhor com prazer, pois, poderão pesquisar músicas dos
seus ídolos. Além de abordar um tema que é muito recorrente nas escolas o Bullying.
É nesse momento do
estágio que podemos, através de métodos prazerosos de ensino, levar aos alunos
essa consciência da importância do estudo/aprendizado da Língua Inglesa,
visando novas oportunidade na sua vida pessoal e profissional, contribuindo
assim para a diminuição da desigualdade social que é imensa nesse país.
6.
METODOLOGIA
Inicialmente
foi apresentado a professora Sandra Araújo, a proposta do projeto didático, que
seria desenvolvido com a turma do 6º ano -B, que após sua leitura, projeto didático,
aprovou a sua aplicação, porém deixou claro que poderia ter algumas alterações
nos assuntos a serem ministrados.
Procurei
desenvolver as atividades pensando no desenvolvimento das quatro habilidades,
ouvir, falar, escrever e ler, levando o aluno ao entendimento do que ele estava
estudando, não basta apenas ler por ler, tem que entender o que está lendo.
Tivemos várias etapas no decorrer das
unidades, tivemos etapa de pesquisa, oralidade, lúdico com a música,
seminários, tudo visando o objetivo final o aprendizado de excelência para o
aluno. Para subsidiar os alunos foi entregue a cada grupo, um roteiro de como
deveria apresentar o projeto didático, tanto a parte oral, quanto a parte
escrita e a de exposição*.
Serão utilizados diversos recursos, dentre
eles o principal será os textos com temáticas que não estão distantes da
realidade do aluno, levando-os a tecer um pensamento crítico. As atividades
serão distribuídas no decorrer do estágio no período que vai de abril até o mês
de junho/2017.
7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O
estágio supervisionado II, conduz o estagiário a ter sua primeira vivencia como
professor numa sala de aula de Língua Inglesa não mais como aluno e sim como professor,
um pensamento crítico entre as práticas de ensino com as teorias aprendidas na
acadêmica.
A
linguística Irandé Antunes reconhecida pelas suas pesquisas sobre coesão
textual e sobre gêneros textuais, além de ser uma educadora comprometida com as
questões da educação nacional, cita que:
“O ensino de
língua não vai bem já é, cada vez mais, uma constatação do domínio comum.
Embora não se possa generalizá-la, já está na boca de muitos a crítica de que a
escola não estimula a formação de leitores, não deixa os alunos capazes de ler
e entender manuais, relatórios, códigos, instruções, poemas, crônicas, resumos
e muitos outros materiais escritos. Também não deixam os alunos capazes de
produzir por escrito esses materiais. Ou seja, tem “uma pedra no meio do
caminho” ” (ANTUNES, p.15)
Essa
grande educadora, traz essas sabias palavras para o ensino da Língua Portuguesa,
mas me ouso a trazê-las também para a realidade da Língua Inglesa, com apenas
uma modificação no final, “Ou seja, tem “uma pedreira no meio do caminho” da
aula de Língua Inglesa”
Esse
desinteresse, essa desmotivação dos alunos pelos estudos e em especial por
nossa matéria Inglês, sempre com o mesmo discurso de que é difícil, pode
acarretar outros problemas também importantes como, por exemplo, a evasão
escolar. Não falo só da evasão escolar no sentido de não ir para a instituição
de ensino, mas de ir e ficar fora da sala de aula, simplesmente nos corredores,
nas escadas, e como professor em formação, pude constatar isso e tentando criar
estratégias de ensino para cativa-los, não é fácil, é um processo continuo de
construção.
Nós
como professores temos que criar estratégias que venham despertar nestes alunos
o interesse pela leitura, pela escrita, pelo estudo em geral. Levando para sala
de aula, ou até mesmo fora da sala de aula, vários métodos pedagógicos que
venham despertar prazer e o interesse do aluno, ao invés de trazer para o aluno
assuntos que não tem nada a ver com sua realidade, contribuindo para o
desinteresse pelo aprendizado. Segundo Marisa Lajolo é nossa responsabilidade
como professores tornar a leitura, ou melhor, o ensino/aprendizagem prazerosa
para o aluno, despertando assim o seu interesse pela leitura.
Qualquer que tenha
sido a sua história de leitura, ela pode ser transformada. Aqui e agora. Por
você, para você e para seus alunos. A escola é fundamental para aproximar dos
livros a criança e o jovem. É na escola que os alunos precisam viver as
experiências necessárias para, ao longo da vida, poderem recorrer aos livros e
à leitura como fonte de informações, como instrumento de aprendizagem e como
forma de lazer. E você é a figura-chave para que a leitura chegue às mãos, aos
olhos e ao coração dos alunos. Dos seus alunos. (LAJOLO, p. 12).
Segundo
Irandé Antunes, existe um esforço dos órgãos governamentais, no intuito de
melhorar o método de ensino, tais como a elaboração dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) e pelo Sistema Nacional de Avaliação Básica (SAEB) “que
objetiva avaliar o desempenho escolar de alunos de todas regiões do país, e a
partir daí, oferecer, ao próprio Governo Federal e aos Estados, subsídios para
a redefinição de políticas educacionais mais consistentes e relevantes”
(ANTUNES, p.21).
Os
PCN’s discutem aspectos relevantes para o ensino da Língua Estrangeira (LE).
Neles são trazidas contribuições para uma educação que visa o aprendizado do
alunado, como podemos verificar: aumento da comunicação e conhecimento cultural,
compreensão das diferentes formas de comunicação, conhecimento de como deve utilizar
das linguagens (formal e informal) dependendo do meio em que está
inserido.
Sendo assim, as aulas de Língua Estrangeira
correspondem a muito mais do que uma simples aula de regras gramaticais. Os
PCNs (BRASIL, 2006, p. 91) ressaltam que:
[...] a disciplina
Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro e, ao mesmo
tempo, cumprir outros compromissos com os educandos, como, por exemplo,
contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações
educacionais.
Outra questão abordada é
o fato da LE servir como colaboradora na função inclusiva e de desenvolvimento
da cidadania na escola. A compreensão do que é ser cidadão envolve outros
aspectos, entre eles a posição que o aluno ocupa dentro da sociedade em que vive,
o que os levou a esta ali na escola, como ele se sente diante desta situação,
etc. A LE, portanto, segundo os PCNs (BRASIL, 1998, p 41):
Integrante da
educação formal. Envolve um complexo processo de reflexão sobre a realidade
social, política e econômica, com valor intrínseco importante no processo de
capacitação que leva à libertação. Em outras palavras, Língua Estrangeira no
ensino fundamental é parte da construção da cidadania
Os
alunos, a partir disso, passam a sentir-se sujeitos sociais, incluídos em uma
sociedade que muitas vezes se presta a excluir, porque sabem como expressar-se,
como compreender o que vivenciam e sabem da sua importância enquanto cidadãos,
e o professor é uma peça chave nesse processo, mas precisa estar sempre
“antenado” nas mudanças que ocorre na educação.
Segundo
Mario Cortella, o professor nunca deve achar que já sabe de tudo, ele deve
estar sempre num processo de aprendizado constante, renovando assim seus
conhecimentos e melhorando cada vez mais seus métodos de ensino e aprendizagem,
assim todos saem ganhando, escola, alunos, comunidade e os próprios
professores.
Nesse
processo continuo de aprendizado, o professor sai da “zona de conforto” e
procura assim desenvolver atividades que venham fazer com que o aluno tenha um
maior interesse pela Língua Estrangeira, Inglês, e com isso as aulas possam
avançar utilizando novas ferramentas e não apenas o uso da gramática, como: as
músicas, os textos, as revistas, os jornais, trabalhando assim, a oralidade,
leitura, escrita e audição. A gramática é importante, saber o verbo to be é
importante, mas a Língua Inglesa não é só isso. Vejamos o que diz os PCN’s,
sobre o aprendizado da Língua Inglesa,
A aprendizagem de
Língua Estrangeira no ensino fundamental não é só um exercício intelectual em
aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em um código diferente; é,
sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de se agir
discursivamente no mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é
importante, desse modo, para o desenvolvimento integral do indivíduo, devendo
seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida. Experiência que
deveria significar uma abertura para o mundo, tanto o mundo próximo, fora de si
mesmo, quanto o mundo distante, em outras culturas. Assim, contribui-se para a
construção, e para o cultivo pelo aluno, de uma competência não só no uso de
línguas estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas. (BRASIL,
1998, p.38).
Torno a dizer que o
ensino da gramática é importante, mas uma língua é bem mais do que isso, é a
marca de um povo. Ela traz consigo os saberes, a vivencia, a história, ou seja,
a cultura de uma nação. É “abrir” a mente do aluno para novos horizontes
tornando o ensino mais prazeroso.
De acordo com os PCN’s
(1998, p. 65 – 66), ao longo dos quatro anos do ensino fundamental, espera-se
com o ensino de Língua Estrangeira que o aluno seja capaz de:
Identificar
no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de
comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e
compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em determinado
momento histórico;
Vivenciar
uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua estrangeira, no
que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o mundo, refletindo
sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões de seu próprio
mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio
papel como cidadão de seu país e do mundo;
reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o
acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;
Construir
conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e quando
utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da língua materna;
Construir
consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da língua
estrangeira que está aprendendo;
Ler
e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio
de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;
Utilizar
outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.
Além
disso, temos em fase final em nosso país a Base Nacional Comum Curricular –
BNCC, que vem com a proposta de melhorar o ensino nas escolas públicas de todo
Brasil. Porem para outros educadores, o BNCC precisa de ajustes, a exemplo, da
criação de uma uniformização do ensino num país que se caracteriza por sua
diversidade (linguística, cultural, econômica e social). Essa uniformização do
ensino, ainda que ideologicamente justificada, para parecer que vivemos numa
sociedade sem desigualdade social e regional, de fato atende a necessidades do
projeto neoliberal de educação que orienta todos os seus horizontes pelas
avaliações de larga escala.
Vejamos
abaixo as principais competências especificas de Língua Inglesa para o ensino
fundamental, numerados pelo BNCC:
1. Identificar o
lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural, refletindo,
criticamente, sobre como a aprendizagem da língua inglesa contribui para a
inserção dos sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne ao mundo
do trabalho.
2. Comunicar-se na
língua inglesa, por meio do uso variado de linguagens em mídias impressas ou
digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de
ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e
interesses de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.
3. Identificar
similaridades e diferenças entre a língua inglesa e a língua materna/outras
línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma
relação intrínseca entre língua, cultura e identidade.
4. Elaborar
repertórios linguístico-discursivos da língua inglesa, usados em diferentes
países e por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a
reconhecer a diversidade linguística como direito e valorizar os usos
heterogêneos, híbridos e multimodais emergentes nas sociedades contemporâneas.
5. Utilizar novas
tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar,
selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de
letramento na língua inglesa, de forma ética, crítica e responsável.
6. Conhecer
diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos na língua
inglesa, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas no
contato com diferentes manifestações artístico-culturais.
Com
isso podemos ver que o BNCC, é um aprimoramento do PCN, valorizando o
aprendizado dos estudantes de forma ampla, sem barreiras culturais, étnicas e
sociais, porém num pais, como o Brasil, que não foi constituído e nem age dessa
forma.
Dessa
forma, buscando aprimorar e diversificar o ensino no intuito de facilitar ao
máximo o aprendizado em Língua Inglesa pelos alunos, foi que elaboramos o Projeto
Didático*
cujo tema consistiu na utilização da música inglesa como instrumento lúdico,
facilitador, motivador e eficaz no entendimento dos alunos em relação aos temas
como o Bullying.
Segundo Jolibert (1994),
“um projeto se constitui em um trabalho no sentido de resolver um problema,
explorar uma ideia ou construir um produto que se tenha planejado ou imaginado.
O produto de um projeto deverá ter necessariamente significado para quem o
executa. ”
Ou seja, o Projeto Didático é a organização e
planejamentos de conteúdo, que venham achar soluções para situações problemas,
fazendo com que os alunos sejam mais participativos no processo de construção
do aprendizado, alunos atuantes/pesquisadores e não alunos passivos, o
professor passa a atuar como um mediador no processo de aprendizagem do aluno.
O produto final do trabalho deve ser exposto para que seja apreciado pela
escola, dando mais sentido as práticas escolares.
Segundo
Paulo Freire a verdadeira aprendizagem é aquela que transforma o sujeito, ou
seja, os conhecimentos e saberes que são ensinados são entendidos pelos alunos
e pelos professores e são montados com base no seu entendimento, tornando-se
independente, questionadores, críticos, não mais passivo só sentado colhendo as
informações, mas adotando uma nova postura como agente construtor ou como parte
integrante do processo de ensino e aprendizagem. “Nas condições de verdadeira
aprendizagem, os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção
e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do
processo”. (FREIRE, 1996, p. 26).
É
no estágio supervisionado II - Regência, que nos proporciona de enxergar na
pratica, de como está sendo proposto o ensino da Língua Inglesa, no que tange
ao exercício da oralidade, do ouvir, da leitura e do escrever texto coesos,
ficando claro que nós professores se queremos um ensino de excelência, temos
que estar na sintonia, por exemplo, os PCN’s, BNCC e não insistindo em um
modelo de aula fracassado, tornando suas aulas monótonas e maçantes para os
alunos, mas criando estratégias, que venham cada vez mais, motivar os alunos
para os estudos, a leitura e a escrita,
na Língua Inglesa.
Uma forma bem
interessante que o professor pode adotar numa sala de aula são os estilos de
aprendizagem, isso vai contribuir bastante para o desenvolvimento do aluno no
idioma, porque o aluno vai descobrir através de um questionário a forma pelo
qual ele consegue absorver os assuntos de forma mais eficaz e eficiente. O
aluno vai descobrir se ele é Visual (visual
learners), Auditivo (auditory
learners) ou Cenestésico (kinesthetic
learners). Abaixo uma breve descrição dos estilos de aprendizagem.*
Aprendedores
visuais - você aprende melhor por meios visuais,
por exemplo, lendo, olhando imagens ou filmes. Você lembra melhor as instruções
se as vê, por exemplo no quadro.
Aprendentes
auditivos - você aprende melhor ouvindo coisas, por
exemplo palestras ou fitas. Você gosta de professor para dar instruções orais e
você gosta de fazer gravações de fita do que está aprendendo e ter discussões.
Aprendentes
kinestésicos - você aprende melhor quando tem
experiência prática, quando está envolvido fisicamente ou pode participar
ativamente. Você gosta de se mudar quando você aprende e diversifica as
atividades da sala de aula.
Essa descoberta é
fascinante, pois, através dela, o aluno, irá priorizar o estilo de aprendizagem
que lhe melhor favorece, contribuindo para diminuição da falta de interesse dos
alunos quanto ao estudo da Língua Inglesa e também de outras matérias.
8. OBJETIVOS
8.1
OBJETIVO GERAL
Proporcionar
ao aluno estudante de Língua Inglesa oriundo da escola pública estadual uma
melhor condição de ensino através da pesquisa de textos, práticas de escritas e
através de desenvolvimento de atividades lúdicas com a utilização da música
inglesa, listening, transformando
este aluno num conhecedor de outras culturas diferente da sua, abrindo o seu
entendimento para novas possibilidades de aprendizagem.
8.2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Conscientizar os alunos da importância do
aprendizado da Língua Inglesa;
·
Promover atividades e práticas de leitura
e pesquisa;
·
Identificar a abordagem nas músicas
trabalhadas no projeto didático, no combate ao Bullying;
·
Trabalhar as quatro habilidades como a
leitura, audição, escrita e fala, através de textos e a música escolhida para
trabalhar na aula.
9. RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO
II - REGÊNCIA
Ao terceiro dia do mês de
abril de dois mil e dezessete, cheguei a escola as 8h para iniciar o meu
primeiro dia de Estágio II - Regência no
Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Classe IV. Neste dia conforme cronograma
do estágio, disponibilizado pela professora Gina Maria Imbroisi Teixeira,
estava previsto para conhecimento da realidade escolar.
De início, me dirigir a
vice direção para falar com a vice-diretora Marilha Santos, pedindo autorização
para conhecimento da escola. Como eu já tinha feito meu estágio de observação
nesta mesma escola, já conhecia alguns departamentos, mas mesmo assim, fui dar
uma olhada nas dependências da escola e tive a triste constatação de que nada
mudou do período entre a realização do estágio I e este estágio II que se
inicia.
Após, fui até a sala dos
professores para poder conversar com a professora Sandra Araújo, a minha
professora regente, sobre a turma que eu iria assumir, e de cara ela me
informou que eu ficaria com o 6º ano - Turma B, dia de segunda e quinta-feira
sempre no 3º horário. Informando-me que é uma turma boa, mas que eu teria que
ter pulso firme, pois, eles não gostavam de fazer as atividades e brincavam
muito nas aulas.
Aproveitei e entreguei os
documentos do estágio para ela, como TCE (Termo de Compromisso de Estágio
Obrigatório) devidamente assinado e carimbado pela Classe IV e a UNIJORGE, bem
como a milha ficha de frequência, que deveria ser assinada por ela em cada dia
de aula ministrada.*
A professora Sandra
Araújo, me mostrou os assuntos que ela já tinha dado na turma e o Plano de Curso
que ela vem trabalhando, já alguns anos, ficamos conversando a respeito disso,
quando o sinal tocou para o terceiro horário, e a professora me perguntou se eu
gostaria de conhecê-los, eu prontamente disse que sim.
Fomos até a sala do 6º
ano B, era aula dela, a professora Sandra pediu para eu sentar no lado dela e
começou a me apresentar e falar a respeito do trabalho que eu iria desenvolver
com eles, os alunos, logo as perguntas e os olhares curiosos começaram a surgir
“A Senhora vai embora pró?”, “ Ele só vai dar aula para nossa turma?”
Depois da sabatina, eu me
apresentei e disse que estaria ali para dar o melhor de mim para turma, falei
um pouco sobre a minha formação acadêmica a minha caminhada profissional e
quanto o estudo de Língua Inglesa me ajudou, aproveitei também, para
incentivá-los a tomarem um curso de inglês no turno oposto ao da escola, para
poder ajudar no aprendizado do idioma e finalizei tranquilizando-os informando
que não precisava temer nada e que as minha intenções era apenas em ajuda-los a
aprender um pouquinho de inglês, pois, a vida é um eterno aprendizado, sempre
vamos está estudando, mas que esperava que eles retribuíssem, através dos
estudos. Em seguida me despedir da turma e a professora Sandra prosseguiu com a
sua aula, informando a mim e aos alunos que eu começaria a partir do dia 10/04,
pois dia 06/04 era paralisação dos professores.
12. AVALIAÇÃO/SUGESTÃO DO ESTÁGIO
Realmente
não poderia concluir o curso de Letras, sem ter que passar por essa experiência
incrível que foi o Estágio Supervisionado II – Regência em Língua Inglesa (LI),
no Centro Educacional Carneiro Riberio – Classe IV.
Incrível porque ensinar não é nada fácil,
ainda mais um idioma que não é o idioma materno/oficial dos meus alunos. Os
estudantes criam barreiras no aprendizado da LI, por entenderem que o inglês
não vai ter serventia nenhuma para eles, ou que falar inglês é para quem vai
viajar e por esta razão, irá precisar se comunicar, ou seja, eles entendem que
o inglês está fora da realidade deles.
Sabendo
disso, pois, conversei com alguns alunos antes do início desse estágio de
regência, elaborei para meu primeiro dia de aula, uma aula que procurasse
desmistificar isso. Então pensei em começar a aula de uma forma diferente
contando como a Língua Inglesa (L.I) surgiu, os países que tem a L.I como a
língua oficial etc, no intuito de despertar neles um interesse pela língua,
mostrando a importância de saber o inglês para uma futura seleção no mercado de
trabalho, para conversar com pessoas de todo mundo e também pelo enriquecimento
cultural.
Com o estágio em
andamento, foram feitas observações importantes que me deram subsídios para
compor este relatório. Informações essas, que me permitiram fazer reflexões
críticas quanto à evolução e desenvolvimento intelectual dos alunos. Pude
verificar que à medida que as aulas iam passando, eles iam participando mais,
iam fazendo as atividades, ao ponto de apresentarem um mini seminário como
parte do projeto didático proposto para turma desde o início em abril deste
estágio.
Avalio o projeto didático
por mim arquitetado um sucesso, pois, desde a sua construção até a sua
finalização houve um entrosamento, pela maioria da turma, muito grande fazendo
com que eles conseguissem executar entre eles as tarefas que lhes foram
imputadas. Tanto a parte oral, escrita e também o escutar, que foi
carinhosamente pensando nesse projeto, devido à falta de estrutura nas salas de
aula da escola para se treinar o listening
pelo menos uma vez a cada duas aulas, foram trabalhadas.
Isso me deixou extremamente
contente, porque foi à quebra de um discurso enraizado pelos professores da
Escola Classe IV, de que os alunos não fazem nada, não são capazes de
desenvolver um projeto desde seu início com a pesquisa até a conclusão que foi
a apresentação. A realização desse projeto foi à prova de que eles, os
professores estão enganados.
Mas nem tudo são
“flores”, tive alguns casos de alunos indisciplinas, bagunceiros, que não
queriam estudar, problemas estruturais da escola, muita zuada nos corredores,
falta de ventilação apropriada, enfim, problemas não faltaram, mas os acertos e
as partes boas superaram e muito os problemas, só em olhar para o rosto de seu
aluno e enxergar que ele entendeu o assunto mediante a sua explicação, que eles
conseguiram realizar um desafio, isso não tem preço.
Ratifico que o meu
estágio foi um sucesso, valorizando-o como uma ferramenta de aprendizagem muito
significativa na vida de um estudante de licenciatura. A minha experiência foi
bem enriquecedora e vou leva-la para toda a minha vida acadêmica. Isso só me
fez confirmar que estou no caminho certo em relação à minha profissão,
procurando ajudar aos alunos pensarem de maneira crítica, como estudantes e
cidadãos brasileiros, contribuindo para construção de uma educação melhor.
Por fim, abro um espaço
para sugerir primeiramente a UNIJORGE, que crie na grade de LETRAS, matérias
mais voltadas para o ensino nas escolas, para preparar mais seus estudantes
para o enfrentamento das salas de aula, uma vez, que as matérias que existem
hoje, ao meu ver são poucas. E também um projeto tipo residência, ou seja, o
aluno da UNIJORGE só poderá ter seu diploma, após passar um ano ensinando na
escola, isso seria justo tanto para instituição de ensino que cede seu espaço,
quanto para o estudante de LETRAS, que se aperfeiçoa cada vez mais.
Em relação a Classe IV,
sei que as questões financeiras pesam muito nas tomadas de decisões, mas sugiro
palestras e cursos para seus professores de como realizar aulas motivadas ou
como motivar seus alunos para o estudo/aprendizagem, isso é um déficit muito
grande que eu identifiquei, eles, os professores, precisam ser motivados a dar
aula, bem como motivar seus alunos a aprenderem, no mais como eu falei as
questões financeiras pesam muito.
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vou iniciar
essas considerações finais, falando sobre a Escola Classe IV, que situado em um
bairro da periferia da cidade do Salvador, procura dentro de suas
possibilidades promover uma educação de boa qualidade para seus alunos.
A escola
precisa de uma reforma urgente principalmente nas suas salas de aula, pois, as
salas não possuem portas, os ventilares estão com defeito e são insuficientes,
quadros danificados etc. O corpo de professores é qualificado, mas muitos estão
desmotivados pelo sistema de educação em vigor.
Entendo que o
papel do professor é estar se reinventando a cada dia, procurar trazer coisas
novas para os alunos, é entender que o tipo de aula ministrada de forma
tradicional, sendo, nós professores apenas transmissores de informação não é
mais aceito pelos alunos. Eu digo isso, por experiência própria neste estágio,
os tempos são outros e essa geração é imediatista, ela necessita de estar
vivenciando coisas novas, para não cair na mesmice e terminarem desmotivadas
para os estudos e isso é crucia no aprendizado das matérias em especial na
Língua Inglesa, que mais sofre com isso uma vez que, não corresponde ao idioma
oficial do estudante.
Obviamente
que não poderemos dar aulas lúdicas diariamente, mas devemos procurar passar o
assunto de forma diferenciada, fazendo com que eles entendam e reflitam naquilo
que eles estão estudando, tornando-se um aluno pensante, critico proativo e
isso, nós professores conseguiremos através de estudos, aprimoramentos, troca
de experiências com colegas professores que utilizaram métodos de sucesso ou
não e do principal da nossa força de vontade em querer mudar.
Por fim,
concluo o estágio com a sensação de dever cumprido, em saber que procurei fazer
o meu melhor, aplicando os meus conhecimentos aprendidos na academia através da
ministração das aulas da professora Gina Teixeira, bem como as dicas do corpo
de professores da Classe IV em especial a professora Sandra Araújo. Concluo com
a frase de um grande pensador da educação brasileira Mario Sérgio Cortella:
Tem que ter esperança ativa. Aquela que é do
verbo esperançar, não do verbo esperar. O verbo esperar é aquele que aguarda
enquanto o verbo esperançar é aquele que busca, que procura, que vai atrás.
12. REFERÊNCIAS
12.1
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES,
Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
FRANCO, Claudio de Paiva.
Way to English for Brazilian Learners : língua estrangeira moderna : inglês :
ensino fundamental II / Claudio de Paiva Franco, Katia Cristina de Amaral
Tavares. 1. Ed. – São Paulo . Ática, 2015.
LERNER,
Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário / Delia
Lerner; trad. Ernani Rosa. – Porto Alegre: Artmed, 2002
12.2
REFERENCIAS ELETRÔNICAS
https://pt.slideshare.net/walzanuncio/bullying-5ano, acessado em
18/03/2017.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/pdf/4.1.4_BNCC-Final_LGG-LI.pdf, acessado em
11/06/2017.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf, acessado em
11/06/2017.
http://letrasunifacsead.blogspot.com.br/p/paulo-freire-concepcoes-de-escola.html,acessado em
11/06/2017;
http://www.peif.ufms.br/downloads/meus-alunos-nao-gostam-de-ler_lajolo.pdf, acessado em
17/06/2017.
http://portfolioescolaclasse4.blogspot.com.br/2009_04_01_archive.html, acessado em
17/06/2017.
MATERIAL MUITO BOM. DEVERIAS POR UM LINK PARA DOWNLOAD, É UM ÓTIMO MODELO.
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